Pesquisa de memória oral da geração mais antiga de paratienses é a fonte da exposição audiovisual Histórias e Ofícios do Território, primeira ação pública do Museu do Território de Paraty, que relembra a vida na cidade durante os anos de isolamento, antes da inauguração da rodovia Rio-Santos (1973).
Paraty é um destino bastante procurado na época do Carnaval pelos foliões, vindos de diversas partes do Brasil e do mundo, por conta de suas festas de rua, com seus bloquinhos, marchinhas, brincadeiras, bonecos gigantes de papel marche e a matinê na Praça da Matriz. Entre um pulo e outro de Carnaval é possível ter um contato mais próximo com a história da cidade e de seus moradores mais antigos através da exposição “Histórias e Ofícios do Território”, em cartaz no Centro Histórico.
Habituados a dar a palavra a visitantes de todas as partes do Brasil e do mundo, nessa mostra os paratienses são os narradores em primeira pessoa de uma história quase esquecida.
Concebida a partir da memória oral de paratienses da velha guarda, selecionados em pesquisa de campo junto à comunidade, a exposição audiovisual, primeira ação pública do Museu do Território de Paraty, pretende rememorar a vida na cidade antes de 1973, quando foi inaugurada a rodovia Rio-Santos (BR-101). Com ela, veio o “progresso”, mas também começou a acabar um modo de vida.
“Histórias e Ofícios do Território” é parte do processo de implementação do Museu do Território de Paraty, com patrocínio do BNDES, uma iniciativa da Casa Azul, que realiza a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).
EXPOSIÇÃO
Na exposição, a história oral dos paratienses é o principal conteúdo. Após a seleção, por indicação da comunidade, dos representantes da geração mais antiga, depositária das lembranças mais profundas da cidade, estabeleceu-se um foco: os ofícios tradicionais, em vias de desaparecimento ou de sofrer transformação radical, como a arte de construir canoas, o comércio de secos e molhados, a pesca, a comida, a arte popular, o ensino nas escolas do passado.
PLACAS COMEMORATIVAS
Trechos desses depoimentos foram transcritos em 15 placas comemorativas espalhadas pela cidade e em dois espaços expositivos: o Espaço Experimental de Cultura – Cinema da Praça e a Casa da Cultura de Paraty (sala Samuel Costa). As placas estão afixadas em muros erguidos durante o processo de tombamento da cidade, concluído em 1974, para fechar lotes vagos.
HISTÓRIAS E OFÍCIOS DO TERRITÓRIO
Espaço Experimental de Cultura Cinema da Praça: depoimentos em vídeo de antigos moradores paratienses e painéis expositivos – até 08 de março de 2015
Pela cidade: placas comemorativas com testemunhos de moradores – permanente
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