Ao todo são 36 jurados divididos em 9 quesitos
A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro ) sorteou nesta segunda-feira a posição dos julgadores nos quatro módulos ao longo da passarela no desfile do Grupo Especial para o Carnaval na Sapucaí. Eles terão a responsabilidade de definir, com notas de 9 a 10 (fracionadas), a campeã após um ano de polêmicas, que provocaram mudanças implantadas para 2015.
Ao invés de 40, como em 2014, serão 36 jurados divididos entre 9 quesitos, já que conjunto não será mais avaliado. Entre eles, 20 são estreantes no júri do Grupo Especial: sete vieram da Série A, como a bailarina Monica Barbosa, e outros 13 terão a primeira experiência no júri, como o maestro Carlos Eduardo Prazeres e o professor José Roberto Lages. Este ano, os desfiles começam às 21h30m, em vez das 21h.
A mudança chama atenção no quesito samba-enredo, que terá 4 novos julgadores. Conforme o DIA publicou em janeiro, um dos jurados deste quesito, o maestro Prazeres, nunca esteve na Sapucaí. “É uma fatalidade do destino. Mas já pulei muito carnaval em Salvador, Olinda. Desde criança, eu participo de samba e a televisão mostra praticamente tudo o que acontece lá”, disse o julgador, fundador da Orquestra Maré do Amanhã.
Historiador especializado em cultura do samba, Luiz Antonio Simas criticou a escolha do jurado: “Existe uma cultura que você só adquire estando presente no desfile da escola. É importante esse contato direto com o mundo do samba. Senão era só passar um CD e ele diz se gosta da música”.
Motivo de discórdia no ano passado, o quesito fantasia também terá reformulação total. Uma das estreantes é a produtora de moda Helenice Gomes. “Não vou falar do que passou, mas me sinto totalmente preparada para julgar com carinho e atenção. É uma responsabilidade muito grande, mas importância deste quesito é igual a todos os outros”, disse a produtora.
Segundo o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, a expectativa é de um julgamento que não cause tantas polêmicas quanto no último desfile. “A nossa intenção é aprimorar e renovar o júri. As pessoas que estão chegando são especialistas em suas áreas. E os que vieram do acesso foram os que mais se destacaram”, afirmou.
A ausência do quesito conjunto neste ano servirá como teste. “Vamos sentir o que as escolas vão identificar como resultado desse ano para decidir se mantemos assim”, disse Castanheira.
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